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Por que a IA só dá certo quando as pessoas vêm primeiro?

Carolina Beatriz Filippelli
Última atualização: 30/09/2025 21:15
Carolina Beatriz Filippelli - Líder de Desenvolvimento de Negócios no Lab Fecomércio-RS
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A Inteligência Artificial deixou de ser exclusividade das grandes empresas. Hoje, pequenas e médias empresas brasileiras estão adotando a tecnologia com velocidade surpreendente, e isso é uma excelente notícia. No entanto, um dado essencial passa despercebido em meio ao entusiasmo: a IA só entrega resultados reais quando há pessoas preparadas para guiá-la.

Democratizar o acesso à IA é apenas o começo. O sucesso da transformação digital depende de um tripé que continua sendo 100% humano: capacitação, cultura ética e gestão eficiente.

Estudos recentes mostram que entre 38% e 74% das PMEs brasileiras já utilizam IA em algum nível¹. Na prática, isso significa que grande parte das empresas está experimentando ferramentas de automação, chatbots e assistentes virtuais. O problema? Menos de 10% conseguem avançar para aplicações realmente estratégicas, como análise preditiva, personalização de ofertas ou tomada de decisão baseada em dados.

Mesmo assim, os resultados positivos já são perceptíveis: as empresas relatam ganhos em receita, produtividade e satisfação do cliente. Mas o próximo passo exige algo mais sofisticado e, sobretudo, humano.

O maior gargalo hoje é a falta de profissionais capacitados. Cerca de 95% das PMEs reconhecem a necessidade urgente de treinamento e desenvolvimento em IA², mas ainda não transformaram essa percepção em ação.

O fator humano: capacitação e ética

A demanda por profissionais de IA cresce mais de 20% ao ano³. No Brasil, o déficit já ultrapassa 700 mil especialistas, um número que escancara a distância entre o potencial tecnológico e a capacidade humana de implementá-lo. Atualmente, 62% das empresas já realizam algum tipo de treinamento em IA. Porém, apenas 14% planejam ampliá-lo de forma consistente mesmo em 2025⁴. O fato é, sem equipes preparadas, a inovação trava e o uso ético da tecnologia fica em risco.

A alfabetização digital e os programas de capacitação são, portanto, muito mais do que ações de RH: são estratégias de competitividade. Investir em pessoas é garantir que a inteligência artificial sirva como ferramenta de transformação e não como instrumento de desigualdade.

Além da técnica, a ética precisa entrar no centro do debate. A IA não pode reproduzir vieses ou decisões injustas; precisa ser orientada por princípios humanos. E isso exige equipes que compreendam tanto os códigos quanto as consequências.

Mas então, como implementar IA de forma eficiente?

A jornada de implementação de IA nas PMEs não deve começar pela tecnologia, e sim pelas pessoas. Antes de contratar ferramentas, é necessário fazer um diagnóstico

interno, identificar gargalos de conhecimento e traçar um plano de capacitação contínua.

Algumas ações práticas incluem:

  • – Treinar colaboradores em conceitos digitais, técnicos e éticos;
  • – Criar ambientes colaborativos de aprendizado, unindo especialistas e equipes operacionais;
  • – Firmar parcerias com instituições de ensino e hubs de inovação;
  • – Cultivar uma cultura organizacional ética, que valorize a transparência e o uso responsável dos dados.

Mais do que integrar sistemas, é preciso integrar pessoas ao processo de transformação. A IA não substitui líderes preparados, mas exige líderes capazes de tomar decisões com base em evidências e princípios.

O verdadeiro avanço da IA nas pequenas e médias empresas não será medido apenas pela quantidade de ferramentas instaladas, mas pela qualidade das decisões humanas que elas possibilitam.

Há um chamado direto à responsabilidade individual diante da transformação digital.

A democratização da IA só será autêntica e sustentável quando vier acompanhada de valorização das pessoas, porque é nelas que reside o motor da transformação digital ética, inclusiva e eficiente.

Mais do que nunca, aprender se tornou um ato contínuo e não uma etapa superada da vida profissional. A era da Inteligência Artificial não distingue formações ou cargos: todos precisam entender tecnologia para continuar relevantes. Capacitar-se em IA e cultura digital deixou de ser um diferencial e passou a ser um dever estratégico de qualquer profissional que queira liderar — ou simplesmente permanecer — no mercado.

Porque no novo mundo do trabalho, não há espaço para quem espera que a transformação aconteça de fora. A verdadeira democratização da IA começa quando cada pessoa assume o protagonismo do próprio aprendizado. A fluência em tecnologia não é mais uma escolha ou exclusividade da área de TI, mas uma habilidade essencial para qualquer profissional que queira permanecer relevante em um mundo guiado por dados e inteligência artificial.

Afinal, lifelong learning já não é uma escolha: é a linguagem do futuro, e quem não fala essa língua, corre o risco de ser traduzido pela máquina.

Referências

  1. Estudo AWS: “Desbloqueando o potencial da IA no Brasil”, acesso em: https://www.unlockingaispotential.com/brazil.
  2. Relatório TeamViewer com dados de mais de 1.400 líderes empresariais, acesso em: https://inforchannel.com.br/2025/06/20/pmes-avancam-na-adocao-de-ia-mas-95-precisam-de-treinamento-diz-teamviewer.
  3. Pesquisa                     Bain                    &                   Company,                    acesso                     em: https://forbes.com.br/carreira/2025/09/demanda-por-profissionais-de-ia-cresce-21-ao-ano-e-impulsiona-salarios.
  4. Dados SAP: https://news.sap.com/latinamerica/files/2025/06/05/Brasil-IA-no-mundo-corporativo-External.pdf.
TAGS:inteligência artificial
Por Carolina Beatriz Filippelli Líder de Desenvolvimento de Negócios no Lab Fecomércio-RS
Administradora (CRA-RS 03688) e líder de Desenvolvimento de Negócios no Lab Fecomércio-RS. Atua na interseção entre estratégia, inovação e tecnologia, com foco em transformar negócios por meio da digitalização. É especialista em Tecnologias Digitais e Inteligência Artificial para Negócios, além de possuir MBAs em Gestão Empresarial e em Digital Manager. Atualmente, é mestranda em Transformação Digital, aprofundando suas pesquisas sobre os impactos das novas tecnologias no ambiente corporativo.
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