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Da Terra à órbita: como a DE-CIX prepara a internet para o espaço

Pedro Barbosa
Última atualização: 22/09/2025 10:42
Pedro Barbosa - editor
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Em um mundo com mais de 5,5 bilhões de pessoas conectadas, a alemã DE-CIX aposta em levar o modelo de Internet Exchange para além da Terra. IA, satélites de baixa órbita e soberania digital estão no centro dessa nova infraestrutura.Foto: Divulgação/DE-CIX.
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Em 2025, mais de 5,5 bilhões de pessoas e 31 bilhões de dispositivos estão conectados à internet, com vídeos dominando o tráfego online e a inteligência artificial (IA) transformando o modo como buscamos informações. Nesse cenário de transformações, a alemã DE-CIX, maior operadora de Internet Exchange (IX) do mundo, destaca que o tráfego global continua em expansão: só nos pontos de troca da empresa foram registrados 68 exabytes em 2024, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Em paralelo, a IA generativa altera a forma como buscamos informações, enquanto satélites em órbita baixa começam a oferecer conectividade para regiões remotas. E a DE-CIX dá um passo além, expandindo sua visão de interconexão além das fronteiras terrestres. Por meio da iniciativa Space-IX, a empresa se prepara para esse futuro e projeta como seria o primeiro IX em órbita.

conteúdos
Pesquisa e desafios técnicosImpactos econômicos e geopolíticosInteligência artificial pressiona a redeSaiba mais

Assim como a empresa conecta mais de 4.000 redes em mais de 60 locais IX na Terra, a Space-IX pretende estender essa capacidade para constelações de satélites em órbita baixa da Terra (LEO) e outros ativos espaciais, permitindo que eles se interconectem entre si e com ecossistemas digitais terrestres. “Onde quer que as redes sejam criadas, deve haver interconexão”, afirma o CEO da DE-CIX, Ivo Ivanov.

LEIA MAIS: AI-IX: o primeiro Internet Exchange para inteligência artificial do mundo.

O gerente de Desenvolvimento de Negócios do Sul da Europa, África e América Latina da DE-CIX, Darwin da Costa, explica que a estrutura aproveita a baixa latência dos satélites LEO (Órbita Terrestre Baixa) para oferecer suporte a aplicações sensíveis à latência, como computação em borda (edge computing) e entrega de banda larga em regiões remotas. “O Space-IX atuará como um IX especializado para operadores de satélites, plataformas em nuvem e provedores de conteúdo, criando uma espinha dorsal em órbita flexível, segura e escalável que reflete o sucesso dos IXs terrestres”.

Passamos 30 anos construindo a espinha dorsal da internet aqui na Terra. Agora, estamos levando esse mesmo modelo de interconexão neutro e de alto desempenho para a próxima camada da infraestrutura digital, acima das nuvens e para o espaço.

CEO da DE-CIX, Ivo Ivanov.

Pesquisa e desafios técnicos

Para transformar a ideia de um Space-IX em realidade, como parte do projeto Ofelias da Agência Espacial Europeia, a DE-CIX está colaborando com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) para pesquisar soluções inovadoras para otimizar a comunicação com os satélites LEO. De acordo com Darwin da Costa, o projeto quer determinar como as informações e os dados podem ser transmitidos de forma mais confiável entre o espaço e a Terra usando links a laser. A iniciativa visa desenvolver, até julho de 2026, protocolos, algoritmos e procedimentos que otimizem de forma inteligente a utilização da rede entre estações terrestres e satélites, reduzindo assim os problemas causados pela turbulência atmosférica e pelo bloqueio de nuvens. “Embora os lasers permitam maior banda larga e taxas de dados mais altas, eles também são mais suscetíveis a nuvens, neblina e chuva do que as transmissões de rádio convencionais”, destaca o gerente de Desenvolvimento de Negócios do Sul da Europa, África e América Latina da DE-CIX.

Enquanto o Ofelias se concentra em otimizar o fluxo de dados entre satélites e estações terrestres, a iniciativa mais ampla Space-IX da DE-CIX explora como a infraestrutura espacial pode ser interconectada em escala, estabelecendo as bases para o primeiro ponto de troca de tráfego de internet em órbita do mundo. “À medida que os satélites se tornam parte da cadeia de suprimentos digital, seja fornecendo banda larga para comunidades carentes, impulsionando a IA para empresas ou possibilitando análises em órbita, precisamos de uma arquitetura que una o espaço e a Terra em um ecossistema integrado. Essa colaboração é o início da nossa resposta a esse desafio, acrescenta Ivanov.

Impactos econômicos e geopolíticos

Da banda larga global e IoT à detecção remota e IA, a economia espacial deve atingir US$ 1,8 trilhão até 2035. A DE-CIX vê uma necessidade urgente de garantir que as redes em órbita não evoluam isoladamente, mas sim se interconectem de forma inteligente com redes terrestres, provedores de conteúdo e plataformas em nuvem.

Setores como logística, defesa, agricultura e mobilidade, especialmente aqueles que operam em ambientes remotos ou mobile, serão os primeiros a se beneficiar. “O Space-IX permitirá a troca de dados em tempo real para sistemas autônomos, sensoriamento remoto e operações distribuídas”, ressalta Darwin da Costa.

LEIA MAIS: Space-IX pode ampliar conectividade em regiões remotas do Brasil.

Em termos geopolíticos, o Space-IX introduz novas dimensões à soberania digital, uma vez que surgirão questões em torno da jurisdição, governança de dados e controle da infraestrutura em órbita. “À medida que nações e corporações expandem suas presenças no espaço, o debate mudará das fronteiras terrestres para as orbitais, tornando a interconexão não apenas uma questão técnica, mas uma ferramenta estratégica”, prevê Darwin da Costa.

Com dimensões continentais e forte dependência de satélites para conectar áreas remotas, o Brasil é visto como beneficiário direto do Space-IX. A integração de redes LEO com IXs terrestres pode aumentar a velocidade, expandir banda larga em regiões isoladas e reforçar redes móveis por meio de backhaul via satélite (trecho da rede que conecta os sistemas de acesso ao núcleo da rede). A expectativa  da DE-CIX é também fortalecer a resiliência em casos de desastres naturais e ampliar o acesso a serviços digitais de saúde e educação.

Plataforma inclui roteamento multiagente proprietário, integração de GPU como serviço e preparação para o protocolo Ultra Ethernet. | Foto: Divulgação/DE-CIX.

Inteligência artificial pressiona a rede

A popularização da IA generativa e a explosão de aplicações de inferência em tempo real como, por exemplo, robótica, sistemas autônomos e finanças, estão redesenhando a demanda por infraestrutura. O processamento distribuído exige latência ultrabaixa e largura de banda massiva. Para responder a essa pressão, a DE-CIX lançou o AI-IX, o primeiro Internet Exchange do mundo projetado para cargas de trabalho de inteligência artificial. A plataforma inclui roteamento multiagente proprietário, integração de GPU como serviço e preparação para o protocolo Ultra Ethernet, voltado ao treinamento distribuído de IA.

Se a internet do presente já depende de IXs para ser rápida, segura e escalável, a do futuro poderá depender de estruturas similares, só que em órbita. Como resume Ivanov: “O espaço está rapidamente se tornando a próxima fronteira digital”.

LEIA MAIS: 10 fatos sobre a internet em 2025.

Saiba mais

Fundada em 1995, a DE-CIX chega aos 30 anos com presença em mais de 60 locais na Europa, África, América do Norte e do Sul, Oriente Médio e Ásia. Hoje, acessível a partir de centros de dados em mais de 600 cidades em todo o mundo, a DE-CIX interliga milhares de operadores de rede (operadoras), provedores de serviços de Internet (ISPs), provedores de conteúdo e redes empresariais de mais de 100 países, oferece peering, conectividade em nuvem e IA, além de outros serviços de interconexão.

Além disso, a empresa é parte de um ecossistema de inovação que transformou Frankfurt em referência global. Um estudo do Dstream Group mostrou que a cidade abriga uma densidade incomparável de infraestrutura de interconexão, sendo o DE-CIX Frankfurt o maior da Europa. São mais de 100 data centers e 20 IXs no município, somando quase 4 mil interconexões de rede em velocidades que superam 200 terabits por segundo.

A localização estratégica de Frankfurt, no coração da Europa, combinada com seu legado como centro financeiro, tornou o local um ímã para provedores de internet (ISPs), provedores de nuvem e empresas que buscam conectividade veloz e potente. A presença da DE-CIX impulsionou esse crescimento, transformando Frankfurt no epicentro da interconexão global.

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Por Pedro Barbosa editor
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Jornalista e Mestre em Comunicação, ambos pela Unisinos. Possui pós-graduação - MBA em Design Digital e Branding e pós-graduação em Gestão da Tecnologia da Informação, ambos pela Uninter. Já atuou no setor público e privado, tendo trabalhado no governo do Estado do Rio Grande do Sul, com deputados estaduais, federais, no Jornal NH e no Parque Tecnológico São Leopoldo - Tecnosinos.
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