A startup gaúcha Igapó, com sede em Porto Alegre e Esteio, foi tema de debate no espaço Hub Agro, na Expointer. A startup vai participar em novembro da COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém do Pará. O CEO da empresa, Artur Ferrari, explicou que a startup atua com o tratamento de resíduos orgânicos através de composteiras mecanizadas, de maneira acelerada e facilitada. No Brasil, segundo ele, só 1% dos resíduos orgânicos são tratados. “Na COP 30, a Igapó vai tratar 180 toneladas de resíduos orgânicos e transformá-los em adubo para a agricultura familiar e para as áreas verdes do município de Belém, desviando o material que iria para aterro sanitário”.
A startup desenvolveu o projeto no Parque Tecnológico Tecnopuc, em Porto Alegre, onde tem a sua sede administrativa, e as composteiras são produzidas em Esteio. A empresa contou com incentivo do Banrisul, através do Banritech.
O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Luís Humberto Villwock, afirmou que uma startup depende não só de boas iniciativas, mas de investimentos para que os projetos se desenvolvam e se tornem sustentáveis. “É preciso sair da teoria para a prática, não faz sentido só pensar na parte teórica. Nosso estado precisa converter conhecimento em desenvolvimento através desse ímpeto empreendedor”.
O diretor de desenvolvimento do Banrisul, Fernando Postal, destacou que a ideia é criar espaços para novas startups. “O Banrisul está com a PUC e com a Igapó para construir novas sintonias para nosso país através do Banritech”.
O evento foi organizado e promovido pela prefeitura de Esteio, Universidade Feevale, Agro Hub Tecnopuc (PUCRS), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Banrisul. O Hub Agro está localizado ao lado da Casa de Esteio, no Parque de Exposições Assis Brasil, e é uma parceria da prefeitura de Esteio e da Universidade Feevale. Conta com patrocínio do Banrisul, BRDE e Ebatec.