No último domingo, 13, a SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, alcançou mais um marco em seu ambicioso projeto espacial ao lançar com sucesso o sistema de foguete Starship, considerado o mais poderoso já construído. Esta é a segunda missão completa e o quinto teste geral do veículo, que visa futuras missões tripuladas para a Lua e Marte.
Um dos grandes destaques da missão foi o foguete Super Heavy, parte inferior do sistema, que pela primeira vez conseguiu retornar ao local de lançamento após a separação da nave Starship. A façanha foi realizada na base de Boca Chica, Texas, onde o propulsor foi capturado por um par de enormes braços de metal, apelidados de “hashis”, uma estrutura chamada “Mechazilla”. Essa captura bem-sucedida permite à SpaceX avançar em seu objetivo de reutilização total do sistema, algo que já se tornou padrão com o foguete Falcon 9, utilizado para missões orbitais.
Enquanto o propulsor retornava à Terra, a nave Starship continuou sua trajetória até o Oceano Índico, onde realizou um mergulho controlado. Embora tenha explodido ao final, isso já era esperado pela equipe da SpaceX, sendo parte do processo de aprendizagem. Cada lançamento gera dados cruciais para os ajustes no design, especialmente no que diz respeito à reentrada atmosférica e ao escudo térmico da nave.
Esse tipo de progresso é essencial para o ambicioso objetivo da SpaceX: utilizar a Starship em missões interplanetárias. A empresa tem planos de, até 2026, transportar astronautas da NASA à Lua como parte da missão Artemis III, além de preparar o caminho para o envio dos primeiros humanos a Marte.
Redução de Custos
A reutilização rápida das partes do foguete é um dos principais focos da SpaceX, pois possibilita a redução significativa de custos e tempo para missões espaciais. A visão de Musk é otimista, prevendo que, em breve, a Starship poderá ser reabastecida e decolar novamente em questão de minutos, algo inédito na história da exploração espacial.
Com avanços como o do último domingo, a SpaceX continua explorando os limites da tecnologia espacial, mostrando ao mundo que missões interplanetárias não são mais ficção científica, mas um futuro palpável.
Essa missão é mais um passo significativo no desenvolvimento da Starship, que promete revolucionar a maneira como pensamos o acesso ao espaço profundo. O sucesso desta etapa prepara o terreno para desafios maiores e mais ambiciosos, como o reabastecimento em órbita e, eventualmente, o pouso em Marte.
Assista ao teste do foguete Starship no vídeo abaixo: