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Leitura: A ascensão da IA privada: como a Ultra Ethernet está redefinindo as infraestruturas interconectadas em grande escala
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A ascensão da IA privada: como a Ultra Ethernet está redefinindo as infraestruturas interconectadas em grande escala

Darwin da Costa
Última atualização: 14/11/2025 10:13
Darwin da Costa - Diretor de Desenvolvimento de Negócios da DE-CIX
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Com a demanda crescente por IA privada, o novo protocolo Ultra Ethernet surge como solução para driblar a escassez de data centers e viabilizar redes mais eficientes.

Até 2030, segundo a McKinsey, entre 35% e 40% das cargas de trabalho de IA na Europa e nos EUA devem ser hospedadas de forma privada, impulsionadas por exigências regulatórias e soberania de dados. Já uma pesquisa da Vespertec, mostra que 25% das empresas já usam hardware próprio e 70% consideram essa opção. O objetivo é manter controle sobre a infraestrutura e evitar dependência de fornecedores externos. No entanto, o rápido crescimento da IA gera desafios, como altos custos e escassez de espaço e energia, dificultando a expansão.

No Brasil, o impulso da IA também é visível. De acordo com Pesquisa do IBGE, 41,9% das indústrias já utilizavam inteligência artificial em 2024, frente a apenas 16,9% em 2022. Essa adoção acelerada confirma que o país está alinhado com a emergência de infraestruturas voltadas à IA privada.

A pressão sobre os centros de dados

Um dos principais desafios é o alto consumo de energia do hardware de IA, que pode exigir até 10 vezes mais potência por rack (estrutura metálica padronizada usada para acomodar e organizar servidores, equipamentos de rede e hardware) do que aplicações tradicionais. Data centers antigos não suportam essa demanda, e novos projetos enfrentam restrições locais de energia. Além disso, muitos são totalmente ocupados por grandes empresas antes mesmo de serem concluídos.

Mesmo as principais operadoras de nuvem e IA estão enfrentando desafios para acompanhar a demanda por espaço em rack em seus data centers especializados em IA em hiperescala, recorrendo a medidas como a construção e operação de suas próprias usinas para garantir energia suficiente para as operações, algo em que empresas de outros ramos de atividade não gostariam de investir. 

O resultado é que os mercados de centros de dados em todo o mundo estão registrando taxas recordes de baixa vacância (percentual de espaços disponíveis em data centers). A CBRE, uma empresa global de serviços que também realiza pesquisas e relatórios de mercado, relata que a taxa europeia caiu para um novo mínimo de 9% em 2025, e a média nos principais mercados dos EUA caiu para um mínimo histórico de 2,8% no início do ano.

Redesenhando a infraestrutura de IA e superando as deficiências tecnológicas

A infraestrutura de IA está migrando para um modelo mais descentralizado, permitindo que empresas distribuam suas cargas de trabalho por diferentes locais e aproveitem melhor os espaços urbanos disponíveis. No entanto, o protocolo InfiniBand ainda limita essa distribuição, exigindo conexões ultrarrápidas e de baixa latência (tempo que um dado leva para viajar de um ponto a outro em uma rede ou sistema computacional) que só são possíveis com servidores fisicamente próximos, o que mantém a centralização em grandes data centers.

Para superar essas barreiras, surgiu o Ultra Ethernet (UE), um novo padrão de rede avançado, projetado para oferecer alta largura de banda e baixa latência, ideal para cargas intensivas, como o treinamento de modelos de IA. Lançado em 2025, ele corrige falhas do Ethernet tradicional e oferece uma alternativa mais acessível e flexível ao InfiniBand. 

As futuras versões do UE, previstas para 2026, permitirão a interligação de data centers em diferentes áreas de uma mesma região, viabilizando arquiteturas de IA mais distribuídas, escaláveis e menos dependentes de grandes centros centralizados.

No Brasil, esse movimento encontra terreno fértil. De acordo com pesquisa da consultoria Bain, 67% das empresas brasileiras já consideram a IA uma prioridade, o que reforça a necessidade de redes e infraestruturas robustas — como o padrão Ultra Ethernet — para suportar essa nova onda de inovação.

IA privada ao alcance de todos

As próximas versões do Ultra Ethernet serão menos sensíveis à latência do que o InfiniBand, permitindo conexões a maiores distâncias sem comprometer o desempenho. Com suporte a até 1 milissegundo de latência, o novo padrão se torna mais robusto e adequado para plataformas de interconexão de alto desempenho. 

Além de ser mais simples e baseado em tecnologia amplamente adotada, o Ultra Ethernet viabiliza o treinamento distribuído de LLMs (Large Language Models, ou seja, modelos de inteligência artificial treinados com grandes volumes de texto) dentro de uma cidade, aproveitando espaços em múltiplos data centers. Ele também utiliza hardware Ethernet existente, com fornecedores já preparados para implementar futuras atualizações, facilitando sua adoção em larga escala.

A AI Exchange (AI-IX)

O AI Exchange (AI-IX), com suporte ao Ultra Ethernet, e neutro em relação a data centers e operadoras, surge como a solução mais eficiente para treinar modelos de IA com alta largura de banda e baixa latência. Ele combina interconexão distribuída com tecnologias de roteamento voltadas para a inferência em IA.

Esse modelo garante conectividade direta entre data centers, rotas otimizadas e desempenho superior em ambientes locais e globais. Além de facilitar a criação de infraestrutura privada de IA, atende às exigências de governança corporativa. Segundo a McKinsey, empresas estão priorizando esse modelo para manter controle, proteger dados e ganhar vantagem competitiva.

Com tudo isso, o AI-IX se posiciona como a espinha dorsal ideal para operações de IA modernas, conectando tudo de forma mais rápida, segura e inteligente. Em um cenário onde cada milissegundo conta e a demanda por performance só cresce, ter uma infraestrutura como essa não é mais um diferencial, é uma necessidade. E o melhor: com flexibilidade, escalabilidade e neutralidade para acompanhar o ritmo da inovação.

No Brasil, o avanço da IA também é apoiado por políticas públicas e marcos regulatórios. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), coordenado pelo MCTI, prevê investimentos de R$ 23 bilhões até 2028 em infraestrutura, capacitação e inovação. Paralelamente, o Projeto de Lei 2338/2023 propõe diretrizes para o uso ético e responsável da IA, enquanto o governo já capacitou mais de 28 mil servidores em temas ligados à tecnologia, com meta de alcançar 115 mil até 2026. Esses esforços demonstram que o país está se estruturando para uma adoção mais ampla e segura da IA, criando bases sólidas para a expansão de infraestruturas privadas de alto desempenho, como as que o Ultra Ethernet pretende viabiliza.

TAGS:opinião
Por Darwin da Costa Diretor de Desenvolvimento de Negócios da DE-CIX
Diretor de Desenvolvimento de Negócios da DE-CIX.
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