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Susi: a agente de IA integrada ao WhatsApp que reduz faltas em consultas e gera economia na saúde pública

Pedro Barbosa
Última atualização: 20/08/2025 16:59
Pedro Barbosa - editor
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Com até 25% das consultas do SUS perdidas por falta de comparecimento, ferramenta desenvolvida pela SPO Tecnologia é alternativa para reduzir filas e otimizar recursos. Foto: Adobe Stock.
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Quando um paciente falta a uma consulta médica em uma unidade de saúde, a vaga perdida não é apenas um número. São dias a mais na fila de espera, desperdício de recursos e, em muitos casos, a chance de diagnóstico precoce. Infelizmente, esta não é uma realidade única no Brasil: estima-se que até 25% das consultas e exames marcados no Sistema Único de Saúde (SUS) não se concretizam por absenteísmo (falta de comparecimento às consultas agendadas), comprometendo o acesso ao atendimento e a eficiência do sistema de saúde. Em municípios pequenos, onde a infraestrutura é limitada, essa ausência pode custar muito. Tanto para o sistema, quanto para a população. Foi diante desse cenário que nasceu a Susi, uma solução de inteligência artificial (IA) integrada ao WhatsApp e ao e-SUS, que busca transformar a gestão da saúde pública no país.

conteúdos
Como funcionaA experiência em BarãoDe Tupandi para o mundoO que vem pela frente

Em Barão/RS, primeiro município a adotar a tecnologia desenvolvida pela SPO Tecnologia, os resultados foram imediatos: em apenas seis meses, as ausências às consultas médicas caíram 25,64%, passando de 776 para 577 faltas (uma diferença de 199 ausências). Na prática, o CEO e CTO da empresa, Odair Pianta, destaca que esse impacto vai além dos números. “Menos faltas significam mais pessoas atendidas com a mesma equipe, menos desperdício de tempo de profissionais e economia de recursos públicos”.

Como funciona

A solução atua como um agente de IA, que se conecta diretamente às agendas do sistema e-SUS das prefeituras e estabelece comunicação automatizada com os pacientes, por meio do WhatsApp. Pianta explica que a escolha da tecnologia como principal meio de interação não foi por acaso. “O WhatsApp está em 90% dos smartphones e é aberto diariamente por 99% dos usuários. Além disso, o recurso de áudio o torna inclusivo: muitas pessoas têm vergonha de escrever errado, mas não têm dificuldade em falar”.

O CEO do BD Group e CRO da SPO Tecnologia, Júlio Feiden, complementa. “Sempre buscamos usar a tecnologia como meio de inclusão. Criamos, por exemplo, o IAgro, que permite que produtores rurais emitam notas fiscais pelo WhatsApp. O mesmo raciocínio foi aplicado à saúde: como garantir que uma senhora de 80 anos consiga confirmar ou remarcar sua consulta? Pelo áudio, isso se torna simples”.

De forma acessível, a Susi envia lembretes, recebe confirmações, permite reagendamentos e substitui pacientes ausentes em tempo real. “O diferencial está na capacidade de decisão autônoma: a Susi interpreta a mensagem recebida e executa a ação necessária, seja remarcar um horário, cancelar uma consulta ou disponibilizar novos atendimentos”, destaca Pianta.

O CEO e CTO da SPO Tecnologia também ressalta que, além da gestão de consultas, a ferramenta possibilita campanhas de prevenção e conscientização personalizadas, segmentadas por idade, gênero ou região. “Assim, secretarias municipais podem disparar convites para vacinação, doação de sangue ou exames preventivos de forma direcionada, aumentando a taxa de adesão sem depender da baixa entrega orgânica das redes sociais”.

Outro ponto relevante é o painel administrativo com Business Intelligence (BI), que oferece dados em tempo real sobre faltas, desempenho de campanhas e utilização da rede. O acompanhamento permite que gestores de saúde tomem decisões mais assertivas, redistribuam recursos e melhorem continuamente o atendimento.

Em apenas seis meses, as ausências às consultas médicas no município de Barão caíram 25,64%, passando de 776 para 577 faltas (uma diferença de 199 ausências). | Foto: Adobe Stock.

A experiência em Barão

Com pouco mais de 6 mil habitantes, o município de Barão foi o primeiro a apostar na inovação da SPO Tecnologia e integrar a Susi à sua estrutura de saúde. Segundo a secretária de Saúde de Barão, Mara Mallmann, a iniciativa está sendo benéfica para a população. “Ela tem contribuído para um aumento significativo na taxa de comparecimento às consultas. Além disso, a tecnologia empregada otimiza os atendimentos, permitindo um acesso mais ágil e eficiente aos serviços de saúde”.

Como resultado, os usuários são atendidos em menos tempo, o que garante um sistema mais organizado e centrado nas necessidades da população. “Percebemos também que tem facilitado muito a vida dos usuários, que nos relatam a importância de serem lembrados sobre suas consultas por meio de mensagens de WhatsApp”, completa Mara.

Para Pianta, a aceitação da população superou as expectativas, pois o fator curiosidade venceu a resistência típica a mudanças. “Usuários interagem de maneira espontânea, enviando áudios, figurinhas e até mensagens de agradecimento. Para muitos, a Susi tornou-se não apenas um lembrete digital, mas um canal de proximidade com o sistema público de saúde”.

Ficar ligando para marcar agenda não é trabalho para humano. Isso é trabalho para IA. O papel das equipes deve estar no acolhimento, no cuidado e na empatia com o cidadão.

CEO da BD Group e sócio da SPO Tecnologia, Júlio Feiden.
CEO do BD Group e CRO da SPO Tecnologia, Júlio Feiden, ao lado do CEO e CTO da empresa, Odair Pianta. | Foto: Divulgação/SPO Tecnologia.

De Tupandi para o mundo

Fundada em 2016 em Tupandi, no interior gaúcho, a SPO Tecnologia começou como uma consultoria em software de gestão e dados. Com o tempo, a empresa passou a desenvolver soluções próprias, como o SPO Manutenção, voltado para mobilidade para a área de manutenção industrial, além de em projetos para grandes organizações, como Randon, Embraer e Petrobras.

A partir de 2020, com chegada da Pandemia do Novocoronavírus (Covid-19), a empresa começou a direcionar esforços para a IA. “Foi um marco muito importante para nós, pois começamos a entender que a inteligência artificial era o futuro”, completa Pianta. Ele acrescenta que os primeiros passos foram em modelos preditivos e, depois, com a chegada do ChatGPT, o avanço para IA generativa. Foi nesse contexto que surgiu a Susi, concebida não como um simples chatbot, mas como um agente autônomo capaz de planejar ações, tomar decisões e executar processos. Pianta recorda que a ideia foi inspirada em imersões com grupos de pesquisa da Universidade de São Paulo – USP e da Unisinos sobre agentes autônomos de IA.

Além disso, o contato direto com a realidade municipal, oportunizada pelo contato com o prefeito de Barão, Jefferson Schuster Born, que buscava soluções para reduzir as faltas nas consultas, foi o gatilho para transformar o conceito em produto. “Desde então, a empresa vem ajustando a ferramenta para torná-la mais empática e inclusiva, garantindo que até cidadãos com pouco letramento digital consigam utilizá-la com facilidade”, observa Pianta.

O que vem pela frente

Após o sucesso em Barão, a Susi já começou a ser adotada em municípios como Harmonia e Maratá, e está em processo de contratação em cidades maiores do Rio Grande do Sul. Outra frente estratégica é a aproximação com universidades. A SPO Tecnologia também atua em projetos de pesquisa com a Unisinos, a USP, e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), buscando validar cientificamente o impacto da iniciativa. “Nosso desejo é que, em alguns anos, possamos comprovar em pesquisas acadêmicas quantas vidas a Susi ajudou a salvar”, projeta Feiden.

O modelo também tem potencial para escalar nacional e internacionalmente. Com escritórios em Tupandi, Porto Alegre (no Instituto Caldeira) e São Paulo, a SPO Tecnologia prepara um movimento de internacionalização para 2026, tendo a Alemanha como primeiro destino.

Ao reduzir ausências e otimizar processos, a Susi demonstra como a inteligência artificial pode gerar impacto direto no cotidiano da população e na gestão de recursos públicos. Mais do que tecnologia, a Susi representa uma mudança de cultura. Ou seja, a construção de um sistema de saúde mais eficiente, acessível e centrado no cidadão.

Por Pedro Barbosa editor
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Jornalista e Mestre em Comunicação, ambos pela Unisinos. Possui pós-graduação - MBA em Design Digital e Branding e pós-graduação em Gestão da Tecnologia da Informação, ambos pela Uninter. Já atuou no setor público e privado, tendo trabalhado no governo do Estado do Rio Grande do Sul, com deputados estaduais, federais, no Jornal NH e no Parque Tecnológico São Leopoldo - Tecnosinos.
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