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De projeto universitário a referência nacional: como a Blendus dobrou o faturamento e redefiniu a governança de dados na saúde suplementar

Pedro Barbosa
Última atualização: 14/08/2025 15:15
Pedro Barbosa - editor
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Com foco na saúde suplementar, healthtech catarinense aposta na governança de dados para elevar indicadores regulatórios e conquista crescimento acelerado. Foto: Divulgação.
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Especializada em governança de dados regulatórios na saúde suplementar, a healthtech catarinense Blendus construiu sua trajetória com uma estratégia clara: atuar de forma altamente especializada em um segmento complexo e regulado. O resultado dessa decisão aparece nos números: a empresa dobrou o faturamento de R$ 4 milhões, em 2023, para R$ 8 milhões, em 2024, e projeta alcançar R$ 12 milhões até o final de 2025. Além disso, atende 121 operadoras de planos de saúde que, juntas, representam cerca de 20 milhões de beneficiários no Brasil.

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Tecnologia com abordagem consultivaCrescimento com recursos própriosExpansão e novos produtos

Fundada pelo médico e cientista da computação Flávio Exterkoetter, a Blendus surgiu de uma inquietação: por que um setor que movimenta bilhões no Brasil continuava atrasado no uso estratégico de dados? “Percebi que, mesmo sendo um setor gigantesco e regulado, a saúde suplementar ainda não tratava os dados como um ativo estratégico. A falta de qualidade e de processos estruturados comprometia desde o atendimento até os indicadores regulatórios”, afirma.

O embrião da empresa surgiu em 2015, quando Flávio, ainda cursando Medicina, atendeu uma operadora de Florianópolis/SC com dificuldades para enviar dados obrigatórios à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O desafio estava ligado ao padrão de interoperabilidade exigido para que todas as guias de utilização de planos fossem enviadas à agência reguladora. A solução deu certo e logo outras operadoras bateram à porta. Nascia uma solução pioneira capaz de elevar indicadores regulatórios, prevenir riscos e melhorar a gestão de operadoras de planos de saúde.

Flávio destaca que a virada de chave veio em 2018, quando a ANS mudou a metodologia de cálculo do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), passando a avaliar os dados detalhados enviados pelas operadoras. O impacto foi imediato: muitas tiveram queda acentuada na pontuação por falhas na qualidade das informações. Ele recorda que entre os clientes iniciais da Blendus, dois conquistaram o 1º e o 2º lugar no ranking nacional de operadoras sem fins lucrativos, o que consolidou a credibilidade da empresa.

Tecnologia com abordagem consultiva

O diferencial da Blendus está na combinação de tecnologia e consultoria. O software desenvolvido pela empresa analisa e qualifica dados, identifica inconsistências, sugere correções e gera relatórios e dashboards que permitem às operadoras prever suas notas no IDSS. Flávio destaca que a entrega inclui um trabalho consultivo contínuo, com treinamentos, reuniões periódicas e orientação para que as operadoras incorporem a cultura de dados aos seus processos internos.

A governança de dados regulatórios é o eixo central da atuação da Blendus, com foco na qualidade e integridade das informações. “Não adianta chegar no processo final com dados inconsistentes. É preciso atuar desde a origem da informação, muitas vezes fora da operadora, como em clínicas e hospitais”, pontua Flávio, que aponta a governança de dados como peça-chave não apenas para evitar sanções regulatórias, mas também para impulsionar a imagem das operadoras. “A nota do IDSS funciona como um selo de qualidade para o consumidor, assim como a avaliação de um motorista no aplicativo. Operadoras com bons indicadores tendem a ser mais competitivas”.

A estratégia exige uma equipe qualificada e difícil de encontrar no mercado. Para formar talentos, a Blendus contrata profissionais com experiência na saúde suplementar e investe em um treinamento imersivo de cerca de seis meses. Novos colaboradores participam de reuniões com clientes desde o início, evoluindo gradualmente até assumirem análises complexas.

Crescimento com recursos próprios

A Blendus é um exemplo de operação bootstrapped (sem aporte de investidores externos). Ou seja, todo o crescimento foi financiado pelo próprio faturamento. Para Flávio, essa trajetória reforça a importância de uma estratégia de nicho bem definida. “Há muitas empresas que tentam atender a todos os públicos e serviços. Preferimos entregar algo aprofundado, com alto valor para o cliente, em vez de atuar de forma superficial”.

Nossa entrega combina conhecimento regulatório e domínio técnico, o que torna o serviço único. Isso fortalece a relação de longo prazo com os clientes.

Fundador da Blendus, Flávio Exterkoetter.
Fundador da Blendus, Flávio Exterkoetter. | Foto: Divulgação.

Com sede em Florianópolis, a Blendus aproveita o ecossistema de inovação de Santa Catarina. A empresa participa das verticais de saúde da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), onde troca experiências e colabora com mais de 100 empresas do setor. “É quase uma mentoria coletiva. Compartilhamos aprendizados e também ajudamos quem está começando a entender a dinâmica da saúde suplementar”, relata Flávio.

O ambiente colaborativo também abre portas para parcerias e acesso a recursos. Para o CEO, essa integração é fundamental para o crescimento sustentável. “A troca de experiências e a proximidade com outros empreendedores aceleram o aprendizado e fortalecem o ecossistema como um todo”.

Expansão e novos produtos

Apesar de já atender mais de uma centena de operadoras, a Blendus enxerga oportunidades para crescer em segmentos ainda pouco explorados. Flávio destaca que um dos objetivos é criar soluções adaptadas para operadoras menores, com pacotes mais acessíveis. Além disso, desenvolve novos produtos para a base atual, com lançamento previsto até o final de 2025.

A inteligência artificial (IA) está no radar, mas com cautela. Flávio destaca que, no contexto regulatório, a precisão é fundamental. “Dados inconsistentes alimentando modelos de IA podem gerar riscos ainda maiores. A aplicação precisa ser estratégica e assertiva, sem se limitar a seguir tendências”, afirma. O executivo vê mais espaço para a IA em áreas ligadas à prevenção e à assistência, onde é possível trabalhar com análise de padrões e comportamento dos beneficiários.

Seja pela entrega altamente especializada, proximidade com o cliente ou pelo crescimento consistente, a Blendus construiu um modelo de negócio que se apoia na profundidade e não na abrangência. Para Flávio, essa é a chave para ganhar relevância e gerar impacto real. “O nicho nos permitiu desenvolver uma entrega de valor que faz diferença para o cliente e garante a sustentabilidade da empresa. É uma decisão que recomendo para quem quer construir algo sólido no mercado de tecnologia”, conclui, reforçando que, no caso da Blendus, a escolha pelo foco também foi motor de crescimento.

TAGS:healthtech
Por Pedro Barbosa editor
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Jornalista e Mestre em Comunicação, ambos pela Unisinos. Possui pós-graduação - MBA em Design Digital e Branding e pós-graduação em Gestão da Tecnologia da Informação, ambos pela Uninter. Já atuou no setor público e privado, tendo trabalhado no governo do Estado do Rio Grande do Sul, com deputados estaduais, federais, no Jornal NH e no Parque Tecnológico São Leopoldo - Tecnosinos.
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