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Da pesquisa à escala global: como a Fu2re usa inteligência artificial (IA) para resolver problemas reais e escalar com propósito e consistência

Pedro Barbosa
Última atualização: 12/05/2025 20:07
Pedro Barbosa - editor
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Sem investimento inicial e com base em P&D regulado, startup se destacou no setor de energia e gás, virou parceira da NVIDIA e agora mira o mercado internacional. | Foto: Divulgação/Fu2re.

Em um ecossistema cada vez mais saturado por discursos sobre o uso de inteligência artificial (IA), a Fu2re se destaca por ter construído uma trajetória fundamentada em aplicações reais, escaláveis e com impacto mensurável. A startup, que tem sede no Rio de Janeiro/RJ, aposta em soluções aplicadas aos processos centrais de empresas de setores tradicionais como energia, gás e saneamento, com destaque para projetos de grande escala em distribuição, monitoramento e automação industrial.

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IA aplicada a problemas concretosParceria com a NVIDIACrescimento sustentávelEmpreender é resistir

Com origem em pesquisas acadêmicas iniciadas em 2004, a Fu2re começou a sair do papel em 2017, impulsionada pela inquietação de aplicar IA a problemas reais, longe dos modismos e do hype que hoje cercam o setor. O founder & Managing Partner da Fu2re, André Sih, explica que essa semente começou a ser plantada durante um mestrado em IA na PUC-Rio, em uma época em que o tema era visto como ‘coisa de NASA ou ficção científica’. Ele recorda que o termo ‘inteligência artificial’, inclusive, era evitado pelo orientador, que preferia ‘inteligência computacional’. Anos depois, ao perceber que os ventos da inovação finalmente sopravam a favor, Sih e outros dois sócios retomaram o projeto com um propósito clara: aplicar IA de forma concreta, com retorno real para o mercado.

Sem investidores, padrinhos corporativos ou spin-offs, os fundadores apostaram em um modelo enxuto e resiliente. “A gente não teve pai rico, nem investidor-anjo. Começamos com reuniões em Starbucks, trabalhando nos finais de semana, entre nossos empregos”, lembra Sih.

Em 2018, a virada veio com o fechamento do primeiro contrato com a Light. Com isso, a startup conseguiu montar uma equipe, alugar um escritório e iniciar sua caminhada no setor de energia. Após a entrada no setor elétrico, novas oportunidades surgiram, como por exemplo a Neoenergia e a Equatorial Energia, que também entraram para a carteira de clientes.

LEIA MAIS: Desencorajando modismos: o uso da IA com objetivos claros nas empresas.

IA aplicada a problemas concretos

O modelo de negócios da Fu2re se consolidou no setor de infraestrutura e energia, aproveitando programas de P&D regulados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Sih explica que a estratégia da Fu2re sempre foi usar esses projetos para desenvolver produtos. O diferencial veio da decisão de transformar ideias em soluções replicáveis, focadas no core business das empresas. “Nosso papel é mostrar para o tomador de decisão que vale a pena investir em IA, porque o retorno financeiro é claro e mensurável”, afirma.

Um dos projetos que exemplifica o impacto da IA aplicada é a solução desenvolvida para a planta em Duque de Caxias da Supergasbras, uma das principais distribuidoras de gás do Brasil. Sih explica que a empresa enfrentava um desafio operacional: calcular com precisão o resíduo de gás que ainda permanecia nos botijões devolvidos. Isso exigia a atuação de operadores humanos, que digitavam manualmente a tara de cada botijão, um trabalho exaustivo e sujeito a erros. A Fu2re automatizou esse processo com um sistema de visão computacional baseado em IA. Agora, as câmeras identificam a tara em baixo relevo, calculam o gás restante e ajustam automaticamente o volume a ser inserido.

Solução desenvolvida pela Fu2re para a Supergasbras. | Ilustração: Fu2re.

O resultado? Um aumento de 10% na produtividade da fábrica da Supergasbras, mais de 8 milhões de botijões processados e acurácia de 99,84% auditada por consultoria independente. “Todo botijão de gás do estado do Rio de Janeiro e do sul de Minas Gerais da Supergasbras passa pela nossa solução. O consumidor pode não saber, mas quando o botijão chega mais seguro na casa dele ou a rede elétrica é monitorada com mais eficiência, há uma IA operando nos bastidores. A nossa IA”, destaca Sih.

Parceria com a NVIDIA

Em 2021, a Fu2re se tornou a primeira startup da América Latina convidada para o NVIDIA Inception, programa criado para auxiliar startups a acelerar a inovação tecnológica e o crescimento dos negócios. A parceria rendeu convites para participação em eventos globais e aproximação com a sede da empresa no Vale do Silício. “Conhecemos o Jensen Huang, fundador da NVIDIA, que hoje é referência global em IA. Essa validação funcionou como um selo global de confiança e abriu portas estratégicas para a expansão da Fu2re”, recorda Sih.

Um desses convites foi para o GPU Technology Conference (GTC) 2021, principal evento global de inteligência artificial promovido pela NVIDIA. Na oportunidade, Sih apresentou o SmartVision AI, uma ferramenta no-code que permite a criação de modelos de IA para interpretação de imagens sem a necessidade de programação. Essa participação reforçou a posição da Fu2re como pioneira em soluções de IA no Brasil e evidenciou seu compromisso em democratizar o acesso à tecnologia, tornando-a acessível a profissionais de diversas áreas.

Crescimento sustentável

Ao contrário do modelo clássico de startups que queimam caixa até encontrar o ponto de equilíbrio, a Fu2re nasceu com foco em lucratividade. “A gente teve que viver da empresa desde o dia um”, resume Sih. A aposta em projetos regulados permitiu um crescimento sustentável e chamou a atenção de investidores quando a empresa decidiu iniciar a captação de um round Série A para dar um novo salto: internacionalizar a operação e consolidar-se como referência global em IA aplicada.

Esse plano de expansão já começou. Recentemente, a startup realizou uma prova de conceito com a EDP em Portugal e participa de uma seleção para mapear toda a rede elétrica do país europeu. “Estamos prontos para levar a nossa tecnologia para fora, com o mesmo compromisso: aplicar IA aonde ela de fato gera valor para o negócio”, afirma o founder & Managing Partner da Fu2re.

A atuação em setores regulados exige, segundo Sih, um nível de responsabilidade e governança que moldou a cultura da Fu2re. A empresa segue rigorosos processos de validação junto a times de compliance, especialmente em grandes grupos. “Nossos modelos não podem ser reutilizados entre clientes. Temos um compromisso com dados sensíveis e com a LGPD“, destaca Sih, que também é conselheiro da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (Abria).

Empreender é resistir

Com cerca de 40 colaboradores, a Fu2re projeta um crescimento exponencial nos próximos anos e planeja contar com até 500 profissionais. Para isso, aposta no desenvolvimento de tecnologias proprietárias e na geração de valor direto para os clientes. “Nosso propósito é esse: queremos impactar o maior número de pessoas possível com o bom uso da tecnologia. E isso vai além do software: é sobre criar soluções que realmente melhorem a vida das pessoas, mesmo que elas nem percebam”, destaca Sih.

Para o founder & Managing Partner da Fu2re, a experiência como empreendedor também traz aprendizados sobre a instabilidade do mercado. “Mesmo que você faça tudo certo, pode não receber. E ainda assim precisa continuar entregando”. Ele compara os desafios a uma montanha-russa: “é preciso ter casca, resiliência e habilidade de gestão sob pressão”.

Essa capacidade permite a Fu2re continuar alçando voos maiores. A startup quer se consolidar globalmente e continuar usando a IA para resolver problemas reais e impactar positivamente a sociedade. “Nosso objetivo é democratizar os benefícios da IA. A tecnologia está só começando. A gente ainda nem imagina tudo que será possível”, conclui Sih.

TAGS:tecnologia
Por Pedro Barbosa editor
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Jornalista e Mestre em Comunicação, ambos pela Unisinos. Possui pós-graduação - MBA em Design Digital e Branding e pós-graduação em Gestão da Tecnologia da Informação, ambos pela Uninter. Já atuou no setor público e privado, tendo trabalhado no governo do Estado do Rio Grande do Sul, com deputados estaduais, federais, no Jornal NH e no Parque Tecnológico São Leopoldo - Tecnosinos.
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