O termo já parece até um pouco antigo: transformação digital. No entanto, são muitas as empresas que ainda estão passando por digitalização de processos em diferentes áreas e um dos erros mais comuns nesta jornada é subestimar o impacto da cultura organizacional. Segundo a McKinsey, empresa global de consultoria de gestão estratégica, 70% das transformações digitais falham, e a principal causa apontada é a resistência cultural.
“Muitos líderes focam demais na tecnologia e de menos nas pessoas, acreditando que adotar novas ferramentas será suficiente. Outro erro frequente é não engajar as equipes desde o início do processo”, explica a ex-executiva, coach e sócia-proprietária da Quantum Development, Bianca Aichinger. Ela afirma ainda que estudos mostram que empresas que envolvem seus times de forma ativa têm até cinco vezes mais chances de sucesso. “Além disso, quando os líderes não modelam os comportamentos esperados ou não comunicam com clareza o propósito da mudança, geram desconfiança e insegurança, o que enfraquece o processo de transformação”, detalha.
Liderança tem papel central nas mudanças
Com frequência, quando os planos de transformação digital são implantados, eles são incluídos no planejamento estratégico das empresas, como se essa formalização fosse suficiente para adesão ao projeto. No entanto, a falta de engajamento das pessoas chave nos processos é decisiva para o sucesso. Bianca explica que é responsabilidade do líder garantir essa adesão: “São de responsabilidade da liderança dar clareza ao norte e ao ‘porquê’ da organização e das equipes, definir a estratégia para se chegar lá, e manter a comunicação clara e fluida no decorrer do processo. Além disso, gestão de talentos é responsabilidade da liderança (e não do RH)! Contratar e treinar as pessoas certas tanto em termos comportamentais quanto técnicos, é responsabilidade dos líderes”, avalia.
O líder tem, portanto, papel central nas transições tecnológicas bem-sucedidas. Se esses profissionais compreendem profundamente a cultura e a cultivam com intencionalidade, as chances de sucesso são maiores. “A liderança é modelo e exemplo pro restante da organização, então precisam ser os primeiros a internalizar novos valores de trabalho e hábitos em seu dia-a-dia”, completa Bianca.
Além disso, decisões práticas como a definição de responsáveis pelo processo, mensuração de seus elementos/indicadores a cada ciclo e comunicação constante e alinhada ao que se propõem transformar são pontos decisivos para implementação de uma transformação digital de forma consistente. Bianca, sugere ainda, que seja mantido um canal de comunicação direta com os colaboradores para, principalmente, ouvi-los. “É muito positivo quando agentes de transformação são selecionados dentro de diversas áreas e níveis organizacionais, e assim se conquista capilaridade no processo”, conclui.
Sobre a Quantum Development
Com foco no desenvolvimento de equipes de liderança de alta performance, a Quantum Development apoia seus clientes na sua profissionalização e na transformação da cultura organizacional em um mundo em constante evolução. Criada em 2021 pelas sócias-fundadoras Bianca Aichinger e Susana Azevedo, que possuem mais de duas décadas de experiência no mercado corporativo nacional e internacional, a Quantum Development tem em seu portfólio de clientes empresas como Grupo Leveros e Uappi.