São Paulo manteve, pela quinta vez consecutiva, a liderança no Índice de Inovação dos Estados, divulgado nesta terça-feira, 19. A nova edição do estudo aponta a liderança paulista, como estado mais inovador do Brasil, em oito dos doze indicadores avaliados, entre eles Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-graduação), Competitividade Global, Propriedade Intelectual, Empreendedorismo, Produção Científica e Sustentabilidade Ambiental.
Na sequência do ranking aparecem Rio de Janeiro (2º), Rio Grande do Sul (3º), Santa Catarina (4º) e Paraná (5º), repetindo exatamente a mesma ordem registrada nas duas edições anteriores. Essa estabilidade reforça o protagonismo de Sul e Sudeste, regiões que concentram os maiores polos de ciência, tecnologia e universidades do país. No extremo oposto, os estados menos inovadores são Maranhão (27º), Roraima (26º), Amapá (25º), Acre (24º) e Tocantins (23º), um reflexo das históricas desigualdades regionais brasileiras, já que todos os últimos colocados estão localizados no Norte e Nordeste.
Desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estudo chega à sua sétima edição, em 2025, como uma ferramenta consolidada para o acompanhamento da inovação no país, contando com a chancela e o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Sebrae Nacional.
Entre as regiões brasileiras, o Sudeste permanece como o mais inovador, seguido pelo Sul. O destaque desta edição, no entanto, é o Nordeste, que subiu uma posição e ocupa agora o terceiro lugar no ranking regional, superando o Centro-Oeste e o Norte.
Segundo o gerente do Observatório da Indústria Ceará, Guilherme Muchale, a liderança de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul está fortemente relacionada à solidez de suas bases estruturais. “Fatores como infraestrutura desenvolvida, concentração de universidades de excelência, arcabouço institucional robusto, presença de empresas de base tecnológica e elevado número de registros de patentes contribuem diretamente para a performance inovadora dessas unidades da federação”.
Confira o estudo completo no site do Observatório da Indústria do Ceará.
Rio Grande do Sul em destaque
Na terceira colocação desde 2023, o Rio Grande do Sul reafirma seu protagonismo no cenário nacional de inovação. O estado combina uma base diversificada de universidades, centros de pesquisa e parques tecnológicos, como por exemplo, Feevale Techpark, Tecnopuc e Tecnosinos, que ajudam a sustentar um ambiente propício para novos negócios. Esse desempenho está diretamente ligado à qualidade do capital humano, considerado um dos pontos fortes do ecossistema gaúcho, e reforça o papel estratégico do estado na articulação entre inovação, indústria e desenvolvimento sustentável.