Em um cenário cada vez mais digital e dinâmico, as instituições financeiras enfrentam o desafio de modernizar sua infraestrutura de conectividade para garantir segurança, desempenho e flexibilidade. Nesse ambiente digital contemporâneo, os dados são a principal matéria-prima dos mais diferentes produtos. Eles vêm de várias fontes, desde clientes, parceiros, plataformas e até mesmo fornecedores; e são frequentemente processados em ambientes de nuvem e por terceiros. Para extrair valor desses dados com máxima segurança e eficiência, as instituições financeiras precisam de novas estratégias de interconexão.
Para acompanhar essa transformação, o Dr. Thomas King, CTO da DE-CIX, a principal operadora de Internet Exchanges (IXs – pontos de troca de tráfego) do mundo, apresenta um novo modelo de interconexão voltado para ecossistemas digitais bancários: o grupo fechado de usuários (CUG). “Ainda hoje, muitas empresas do setor financeiro usam redes MPLS (Multiprotocol Label Switching), que, embora confiáveis, são caras, inflexíveis e de implementação lenta. Esse modelo não atende às demandas dos negócios digitais de hoje”, explica.
Como alternativa, a DE-CIX propõe a criação de grupos de usuários fechados nos pontos de troca de tráfego em ambientes privados, seguros e dimensionáveis para a troca de dados entre parceiros autenticados. Para transformar a conectividade no setor financeiro, o King sugere quatro etapas:
Etapa 1 – Escolha o local do grupo fechado de usuários
Durante a escolha de um local para o grupo fechado de usuários (CUG) deve-se considerar a baixa latência da IX, que garante mais velocidade nas transações financeiras, a conformidade legal, que mantém os dados dentro das jurisdições de cada região, e a neutralidade da plataforma, que evita a dependência dos fornecedores e oferece maior diversidade no processo de conexão.
Etapa 2 – Seleção de parceiros de conectividade
Cada membro do CUG pode usar seu próprio provedor de conectividade. No entanto, provedores como a DE-CIX oferecem uma abordagem abrangente, atuando como um único ponto de contato para conectar e gerenciar todos os participantes, independentemente da localização geográfica.
Etapa 3 – Defina e controle o acesso aos dados
Com autenticação e autorização (AAA) bem definidas, você pode garantir que somente os participantes autorizados tenham acesso a dados específicos. O proprietário do CUG pode estabelecer regras de segurança e conformidade, enquanto o operador do IX pode restringir protocolos e monitorar fluxos de tráfego.
Etapa 4 – Colocando o CUG em funcionamento
A configuração de um CUG pode ser concluída em semanas, o que é muito mais rápido do que um circuito MPLS (Multiprotocol Label Switching), que pode levar até seis meses. A DE-CIX oferece serviços completos para implantar e gerenciar o CUG, incluindo testes paralelos com sistemas existentes, suporte técnico, políticas de segurança, bem como um portal de autoatendimento com API (Interface de Programação de Aplicações) para dimensionamento automatizado da largura de banda.
Vantagens estratégicas para bancos, fintechs e neobancos
Com um CUG operando em uma IX neutra e de alta densidade, as instituições financeiras ganham diversas vantagens, como privacidade de conexão, uma conectividade mais segura e veloz, além de baixos custos, maior agilidade operacional, conformidade com regulamentos e leis, e um controle total sobre fluxos de dados.
“A abordagem CUG não é exclusiva de grandes bancos. As fintechs e os neobancos também se beneficiam, pois ganham mais controle sobre seus ecossistemas digitais e podem dimensionar suas operações com eficiência”, conclui King.
Com 60 locais em todo o mundo e presença em mais de 600 cidades, a DE-CIX facilita a criação de CUGs de qualquer tamanho e em diferentes locais, promovendo a evolução da interconexão para o novo nível já exigido pelo mercado.
Sobre a DE-CIX
DE-CIX, pronuncia-se DEE-KICKS [dˈi:-kˈɪks], é a principal operadora mundial de Internet Exchanges (IXs). Fundada em 1995, a empresa celebra o seu 30.º aniversário em 2025. A DE-CIX oferece os seus serviços de interconexão em 60 locais na Europa, África, América do Norte e do Sul, Oriente Médio e Ásia. Atualmente acessível a partir de centros de dados em mais de 600 cidades em todo o mundo, a DE-CIX interliga milhares de operadores de rede (carriers), fornecedores de serviços Internet (ISPs), fornecedores de conteúdos e redes empresariais de mais de 100 países, além de oferecer serviços de peering, cloud e outros serviços de interconexão. A DE-CIX Frankfurt é uma das maiores bolsas de valores de Internet do mundo, com um volume de dados superior a 45 Exabytes por ano (a partir de 2024) e cerca de 1100 redes ligadas. Cerca de 250 pessoas de mais de 35 países diferentes constituem a base da história de sucesso da DE-CIX na Alemanha e em todo o mundo.
Desde o início da Internet comercial, a DE-CIX tem tido uma influência decisiva – numa série de organismos líderes mundiais, como o Internet Engineering Task Force (IETF) – na co-definição de princípios orientadores para a Internet do presente e do futuro. Enquanto operador de infra-estruturas críticas de TI, a DE-CIX tem uma grande responsabilidade na troca de dados sem descontinuidades, rápida e segura entre pessoas, empresas e organizações nas suas instalações em todo o mundo.