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Do controle à confiança: o que empresas precisam aprender sobre comunidades.

Marina Alano
Última atualização: 24/07/2025 10:23
Marina Alano - Community Manager no Grupo Alun. Apaixonada por tecnologia, filosofia e educação, faz dessa coluna um convite à curiosidade e ao pensamento crítico.
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Quando comecei a mergulhar no ecossistema de inovação, uma das descobertas mais curiosas foi entender que, por mais que a tecnologia mova tudo, ela está longe de ser o destino final. No fundo, tecnologia é só meio. O que realmente sustenta a inovação – e isso aprendi na prática, com os tropeços e acertos do caminho – são as relações humanas, os vínculos que vão se formando quase sem que a gente perceba, muitas vezes fora dos processos “oficiais”.

Comunidade não é um produto, nem se resolve com um cargo novo ou uma plataforma bonita. Comunidades verdadeiras nascem de fatores quase invisíveis: confiança, pertencimento, trocas espontâneas, cuidado mútuo e uma energia que não cabe em dashboard nenhum. Muitas dessas conexões florescem sem gestão direta, brotam do território, dos afetos, das necessidades reais de quem faz parte.

Mesmo com toda a pauta “comunidades” em alta – e com cargos criados especialmente para cuidar desse universo – vejo empresas tratando esse espaço como um apêndice. Algo para puxar quando precisa melhorar engajamento ou impulsionar campanha, mas raramente como estratégia central de inovação.

Nada ensina mais sobre comunidade do que momentos de crise real.
Senti isso na pele durante as enchentes no RS. Enquanto algumas empresas paralisavam, comunidades inteiras se reorganizavam espontaneamente, tecendo redes de apoio, construindo soluções do zero e fortalecendo não só o estado, mas o próprio ecossistema. O valor dessas relações está no vínculo genuíno, no relacionamento que nasce do âmago, não de um manual de engajamento.

A pergunta que não quer calar:
Como criar laços fortes se ainda enxergamos o trabalho comunitário como facility ou extensão do marketing, e não como plataforma viva de inovação? Como ir além do discurso de pertencimento e facilitar aquilo que já pulsa naturalmente, respeitando o fluxo orgânico de crescimento de cada comunidade?

É aqui que entra o conceito de community weaving.
Ser tecelã de comunidades é enxergar as conexões invisíveis, os elos frágeis que, quando fortalecidos, dão origem a movimentos de impacto real. O “Community Weaving Summary” reforça: comunidades vibrantes e inovadoras não se fazem só de eventos ou grupos de WhatsApp, mas de práticas intencionais de escuta, reconhecimento de ativos (asset mapping) e liderança distribuída.

O futuro da inovação está nas relações que não cabem em relatório.
As organizações que realmente inovam são aquelas que enxergam o valor dessas tramas invisíveis – que olham para além dos números de engajamento e investem em confiança, colaboração e autonomia. É nessa malha viva que nascem ideias disruptivas, projetos de impacto e soluções resilientes. Quando a comunidade é forte, a retenção aumenta, o aprendizado se multiplica e a inovação floresce onde menos se espera.

Comunidade não se constrói por decreto, nem se compra pronta na prateleira da tecnologia. Comunidade se tece, fio a fio, nas relações reais – e é aí que mora o potencial revolucionário para organizações e ecossistemas.

Talvez o maior desafio seja esse: trocar o controle pela confiança, o protagonismo solitário pelo poder coletivo. Para as empresas que ainda enxergam comunidade como algo periférico, fica aqui um convite (ou alerta): O verdadeiro diferencial competitivo do futuro pode estar justamente naquele grupo de pessoas que você ainda trata como acessório.

Então, se você quer de verdade integrar comunidades à estratégia de inovação, proponho um exercício de humildade: antes de qualquer ferramenta, pergunte-se como pode ser útil ao que já pulsa de forma orgânica. Como reconhecer e fortalecer as conexões que já existem? Community weaving é, no fundo, sobre escuta, valorização de talentos e histórias, e abertura para a liderança compartilhada. É sair do papel de “dono do grupo” e se tornar facilitador, orquestrando sinfonias que nascem do coletivo, não de um roteiro pronto.

Quer valorizar sua comunidade de verdade?
Troque a ansiedade do controle pela leveza da confiança. Invista em espaços de escuta, promova trocas autênticas, incentive projetos que nascem do chão da comunidade – mesmo que fujam do script. Olhe para além dos números: celebre as histórias de impacto, os vínculos que atravessam departamentos, as soluções inesperadas que só aparecem quando a rede está viva.

No final, inovar é isso: deixar a comunidade surpreender você. Se sua organização ainda trata comunidade como acessório, talvez esteja perdendo sua principal fonte de inteligência coletiva – e, sinceramente, a melhor chance de navegar por um futuro incerto de um jeito mais humano, criativo e potente.

Referência

Community Weaving Summary (2024). Disponível em: https://static1.squarespace.com/static/66018c048227186b3d8099e5/t/682b69fb2ca14c6e55fcb9aa/1747675653231/Community-Weaving-Summary-v12.pdf

TAGS:comunidades
Por Marina Alano Community Manager no Grupo Alun. Apaixonada por tecnologia, filosofia e educação, faz dessa coluna um convite à curiosidade e ao pensamento crítico.
Community Manager no Grupo Alun. Apaixonada por tecnologia, filosofia e educação, faz dessa coluna um convite à curiosidade e ao pensamento crítico.
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