Desde a primeira edição do South Summit em Porto Alegre, acompanho de perto a evolução do evento — e também a minha própria trajetória dentro dele. Em 2025, vivi minha quarta participação e pude sentir com clareza que este foi um ano diferente. Um ano em que a energia das pessoas, a estrutura mais preparada e o tema central — Resiliência — ecoaram de forma poderosa entre os participantes.
Com o propósito de me reconectar com conhecidos do ecossistema de diferentes regiões brasileiras, ampliar minha rede e acompanhar nossa atuação no She Leads – rodada de conexões entre fundos e startups comandadas por mulheres – cheguei ao evento com boas expectativas: além da oportunidade de estar com boa parte da equipe presencial e como eu poderia buscar conexões realmente relevantes em meio a tantas pessoas, conteúdos e oportunidades. Um olhar atento ao que está em constante transformação no nosso ecossistema.
Logo nos primeiros passos, me chamou atenção o fluxo intenso de pessoas – parecia maior do que nos anos anteriores. Novos espaços, os ambientes mais climatizados e acolhedores. Mas, acima de tudo, o que mais me tocou foi a energia coletiva: uma vibração de entusiasmo, força e esperança, especialmente depois dos desafios enfrentados com as enchentes de 2024. O tema da Resiliência se manifestava não apenas nos palcos, mas também nos corredores, nas conversas, nos olhares. Era como se todo o ecossistema estivesse ali com sede de futuro – disposto a colaborar, reconstruir e criar novas possibilidades.

She Leads
Entre os momentos mais marcantes desta edição, destaco a co-realização do She Leads, uma rodada de conexões entre investidores e startups lideradas por mulheres. Estar presente no dia como representante de um dos fundos (Ventiur Smart Capital) envolvidos e co-realizador da rodada pode até parecer um gesto simbólico – mas foi, acima de tudo, um ato potente. Entendo, cada vez mais, o quanto essa visibilidade é importante para todas nós que estamos construindo nossos caminhos dentro do ecossistema.
Também participei de um encontro com mulheres líderes em suas áreas de atuação – um espaço íntimo, de escuta e conexões. Esse momento reforçou o quanto a presença feminina tem ganhado força no ambiente da inovação. Em 2025, senti com clareza: a potência das mulheres esteve mais visível, ativa e conectada. E fazer parte disso foi, sem dúvida, emocionante.
Outro ponto que realmente se destacou para mim foi a conversa com mentoradas, que me deram feedbacks sinceros sobre como as mentorias ajudaram em suas jornadas profissionais e pessoais. Esse tipo de retorno, para quem trabalha com o desenvolvimento de pessoas, é imensamente gratificante. Ver a trajetória de cada uma se desenrolando de maneira positiva e impactando o ecossistema de inovação é, de fato, uma das maiores recompensas.
Além dos momentos de troca e reflexão, o evento também foi uma excelente oportunidade para fortalecer conexões estratégicas que, ao meu ver, têm grande potencial de gerar resultados. Durante o South Summit, tive a chance de me conectar com pessoas que podem não só expandir minha rede, mas também agregar valor ao nosso ecossistema, seja por meio de colaborações futuras ou até mesmo pela contratação de novos talentos. Estar conectada a essa rede é, sem dúvida, uma das maiores vantagens de participar de eventos dessa magnitude.
Diversidade
Outro ponto que gostaria de destacar foi o impacto da diversidade no evento. A cada edição, percebo o quanto a troca entre diferentes perfis, experiências e perspectivas é fundamental para fomentar a inovação. Este ano, a diversidade não foi apenas uma pauta, mas uma realidade palpável, visível em todos os espaços e em cada conversa que tive. Ao ver as novas empresas, especialmente as startups lideradas por mulheres, sendo destacadas no evento, percebi como a diversidade tem sido um motor essencial para a inovação e a evolução do nosso ecossistema.
Para finalizar, algo que me marcou profundamente durante essa edição foi a reafirmação de que a evolução profissional não acontece de forma isolada, mas sim a partir de uma rede de apoio, colaboração e troca genuína. Cada vez mais vejo a importância de criar conexões que transcendam a simples troca de cartões ou conversas pontuais. O que realmente importa é o impacto que podemos causar nas trajetórias umas das outras, e o quanto podemos contribuir para um ecossistema mais inclusivo e inovador.
O South Summit de 2025 não foi apenas sobre negócios ou inovação, mas sobre as pessoas que fazem tudo isso acontecer. E ao final do evento, me senti ainda mais convicta de que somos, sim, responsáveis pelo futuro que estamos criando, não só para nós, mas para todos que fazem parte desse movimento.
Bora seguir fomentando o empreendedorismo inovador!