Sebrae e entidades de TIC se unem para promover desenvolvimento e fortalecimento das MPE do setor

Leonardo Blick, diretor-técnico da Explot Games, de Florianpolis (SC). Pequenos negócios do setor de TI serão beneficiados com o convênio. Foto: Cristiano Andujar/ASN.

As micro e pequenas empresas brasileiras que atuam no segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) vão ser beneficiadas pelo convênio firmado entre Sebrae, Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), Confederação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSESPRO), Associação Brasileira de Fomento a Inovação em Plataformas Tecnológicas (BRAFIP) e Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (AFRAC).

O pontapé do acordo será dado na próxima segunda-feira, 3, durante lançamento oficial da parceria e primeira reunião do grupo de trabalho. As ações foram estruturadas em cinco eixos de atuação: Marcos Legais, Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (PD&I), Acesso a Mercados, Educação Empreendedora e ESG.

Segundo o gestor nacional de TIC e Games do Sebrae Nacional, Eúde do Amor Cornélio, o objetivo geral do acordo de cooperação técnica é unir esforços, cada qual com sua expertise, para aumentar a competitividade e ampliar acessos a mercados para os pequenos negócios do ramo. “É um setor que possui posição estratégica e sua transversalidade atinge outros setores que, em cooperação, são capazes de elevar o Produto Interno Bruto (PIB), atrair e gerar negócios e fazer empresas crescerem, já que todos precisam de tecnologia”.

O Brasil está entre os 10 maiores mercados de tecnologia da informação do mundo, sendo representado em sua maioria por pequenos empreendimentos. De acordo com recente levamento feito pelo Sebrae, os pequenos negócios concentram 93,5% de todas as empresas em atividade. Nesse universo, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPE) representam 59,8% dos negócios de TIC, enquanto os Microempreendedores Individuais (MEI) somam outros 33,8%.

Como representante da ASSESPRO, o presidente Christian Tadeu avalia que o acordo atende diretamente às demandas do setor ao promover um ambiente mais favorável para inovação, capacitação profissional e desenvolvimento de políticas públicas que impulsionem o crescimento sustentável das empresas de tecnologia. “É um marco estratégico para o fortalecimento do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil. Para que as MPEs possam desempenhar esse papel de forma ainda mais impactante, é essencial garantir um ambiente regulatório favorável, acesso a financiamento e incentivos à pesquisa e desenvolvimento”.

Para o presidente da AFRAC, Edgard de Castro, o convênio reforça o papel das MPEs como protagonistas na diversificação econômica e na construção de um ecossistema tecnológico mais robusto e inclusivo. “Nossa expectativa é consolidar uma base de empresas mais resilientes e competitivas, capazes de ocupar novos mercados e contribuir para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país”, enfatiza.

Castro ainda destaca o papel dos pequenos negócios de Tecnologia da Informação e Comunicação como geradores de empregos qualificados e estimuladores do empreendedorismo que, segundo ele, são elementos essenciais para um crescimento econômico sustentável.

Ações e metas estabelecidas

O acordo de cooperação técnica de desenvolvimento e fortalecimento das MPEs do segmento de TIC tem duração de 24 meses com ações programadas e metas estabelecidas, entre elas, a revisão e proposição de alterações de marcos legais que gerem melhorias para os pequenos negócios do setor, inclusive para compras públicas (CPSI); criação de chamadas para fomentar a evolução tecnológica das MPEs desse segmento, em especial para inovação colaborativa; fomento à geração de negócios internacionais para as MPEs do setor.

O presidente da ABES, Paulo Roque, ressalta que o convênio vai ao encontro do propósito da associação de construir um Brasil mais digital e menos desigual. Para ele, as MPEs do setor possuem diferenciais importantes dentro da cadeia produtiva da inovação. “Elas desempenham um papel fundamental na democratização da tecnologia, alcançando nichos e regiões muitas vezes fora do alcance das grandes empresas”, exemplifica.

Por sua vez, o presidente da BRAFIP, Roberto Mayer, acredita que o acordo representa a oportunidade de ampliar e pulverizar o acesso às oportunidades, serviços e atividades que a associação desenvolve há mais de dez anos em prol da inovação em colaboração. Ele reitera como fundamental a contribuição dos pequenos negócios no cenário de inovação. “A história prova continuamente que é um erro crasso pensar que apenas as grandes empresas possam inovar”.

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