Estado e União assinam acordo de cooperação para aprimorar mapeamentos de áreas atingidas pela crise climática

Parceria beneficia elaboração de políticas para população diretamente atingida pelas enchentes.Mauricio Tonetto/Secom.

O governo do Estado e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) firmaram um acordo de cooperação técnica nesta sexta-feira, 21, com a finalidade de aprimorar os mapeamentos das áreas atingidas por inundações, enxurradas e deslizamentos no Rio Grande do Sul. O documento foi assinado pelo governador Eduardo Leite, pela ministra Luciana Santos, pelo ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, e pelas secretárias Simone Stülp (Inovação, Ciência e Tecnologia) e Danielle Calazans (Planejamento, Governança e Gestão).

A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. A articulação permitirá a troca de dados por meio de arquivos geoespaciais gerados a partir de imagens de satélite e dos chamados modelos hidrodinâmicos, que representam o funcionamento dos cursos de água. Na prática, o intercâmbio beneficiará a elaboração e a execução, em ambas as esferas de governo, de iniciativas direcionadas ao auxílio da população diretamente atingida pelos eventos climáticos.

Para Luciana, a assinatura do convênio técnico de compartilhamento é um grande avanço. “Estamos dando um passo adiante no conceito de que a ciência e a tecnologia existem para cuidar das pessoas, oferecendo soluções a desafios complexos”.

Leite afirmou que a parceria vai permitir compartilhar, de forma ampla e com maior fluidez, dados fundamentais para que as políticas públicas sejam efetivas. “A ciência e a tecnologia nos ajudam a aplicar, da melhor forma, o recurso público, agilizando o processo. Isso nos dá a confiança de que vamos superar logo este momento difícil”.

Simone salientou a importância da iniciativa: “Ter os dados mais atualizados é extremamente relevante para a construção de políticas públicas. Também será fundamental para o trabalho do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, que integra a estrutura do Plano Rio Grande e será instalado na próxima semana, com a participação de pesquisadores e especialistas em diversas áreas”.

Inovação nas medidas

O uso das imagens de satélite e das informações já contratadas pelo governo do Rio Grande do Sul foi essencial para o trabalho inovador desenvolvido pelas equipes da Subsecretaria de Planejamento da SPGG após a ocorrência dos desastres, auxiliando na execução ágil de medidas de auxílio lançadas pela administração.

A destinação de recursos doados por Pix à população é um exemplo dessa inovação. A partir do cruzamento da mancha de inundação com dados de outras fontes – como o Censo Demográfico, o Cadastro Único (CadÚnico) e os registros administrativos de órgãos do Estado –, foi possível identificar o público-alvo e realizar o pagamento sem a necessidade de cadastro pelos beneficiados.

A partir do acordo assinado com o ministério, o Estado terá ainda mais fontes para detectar áreas atingidas e realizar recortes específicos da população afetada. Terá, ainda, mais condições para desenhar políticas que embasem a reconstrução em áreas como planejamento urbano e habitação.

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